Sistema de cadastro do Cemitério Nossa Senhora do Carmo será modernizado

Parceria entre a Prefeitura e a UFSCar visa facilitar a localização das sepulturas

A tecnologia está chegando ao Cemitério Nossa Senhora do Carmo. Numa parceria inédita com o Núcleo de Geoprocessamento da UFSCar, a Prefeitura, em breve, terá o sistema de cadastro de sepultura georreferenciado. O trabalho consiste no mapeamento, sistematização e estruturação do cadastro de sepulturas do cemitério. 

A parceria foi proposta pela Secretaria de Serviços Públicos que identificou os problemas causados pela falta de um cadastro organizado e digital. "O problema da localização de túmulos, principalmente, no Cemitério Nossa Senhora do Carmo traz muitos transtornos para os servidores e população. Hoje, as informações estão em livros e dificultam o trabalho. Em contato com o professor do Núcleo de Geoprocessamento da UFSCar, discutimos as possibilidades e encontramos um meio de organizar essas informações e principalmente, mantê-las atualizadas", contou Mariel Olmo, secretário de Serviços Públicos.  

Por meio de um convênio com a Universidade, o Núcleo de Geoprocessamento está elaborando um Sistema de Informação Geográfica SIG para o Cemitério Nossa Senhora do Carmo, com individualização gráfica das ruas, quadras, sepulturas e elementos notáveis; estruturação de um banco de dados geográficos de maneira a incluir as informações cadastrais atualmente utilizadas pela gestão do cemitério; implantação do cadastro completo de atributos de, no mínimo, 10% das sepulturas e treinamento para servidores da Prefeitura.  

"Basicamente vamos organizar o cadastro do cemitério e facilitar a localização das sepulturas. Na primeira etapa, nós usamos um drone para produzir uma fotografia muito semelhante a um mapa. Essa fotografia foi colocada num sistema de informação geográfica que permite a integração dos dados da fotografia com os dados cadastrais que a Prefeitura já tem no seu sistema e faz a integração dos sistemas", explicou o professor Edson Augusto Melanda, coordenador do Núcleo de Geoprocessamento da UFSCar.   

O trabalho realizado pelos estudantes e professores do Núcleo no cemitério tem grande precisão e deve resolver de vez o problema com a localização de túmulos. "Nós utilizamos equipamentos de alta precisão para a geração da geolocalização exata dos túmulos. Depois de pronto, será muito fácil saber onde estão as sepulturas. É um projeto científico e com finalidade não só de divulgação cientifica, mas de parceria com o poder público e a universidade", contou Fábio Noel Stanganini, pesquisador do Núcleo de Geoprocessamento da UFSCar.  

Além de resolver um problema antigo, a parceria também permite que os alunos apliquem na prática o aprendizado adquirido em sala de aula. "É a chance de aplicar e conhecer no campo o que a graduação nos oferece. Além da possibilidade de realizar algo pelo município", disse a estudante Fernanda Souza, aluna do 5º ano da Engenharia Civil.  

Para o professor Edson, além da oportunidade para os alunos, a parceria faz com que o conhecimento produzido pela Universidade seja transferido para o bem da população. "Não faz sentido ter o conhecimento e deixá-lo preso na Universidade. A população precisa usufruir desse conhecimento, seja através de um serviço, seja por meio de uma facilidade, mas o conhecimento tem que chegar à população", disse Edson Melanda.  

Em breve, o sistema de cadastro de sepulturas estará em funcionamento, demonstrando a importância da ampliação da parceria da Prefeitura com as universidades. "A Capital da Tecnologia precisa dispor, pelo menos, da tecnologia produzida dentro das nossas universidades. E nada melhor do que aplicação na rede pública de modo geral, seja na saúde, na educação e até no cemitério", concluiu Mariel Olmo. 

Fonte: A cidade ON

« voltar